5 de mai. de 2010

Com o passar dos anos...

O tempo foi passando e logo fui vendo que o futuro me aguardava,  Belas coisas estavam por vir, era cada coisa que me acontecia, andava de barco, até chegamos a ficar enganchados em pleno rio, parecia coisa de filme, o barco cheio de compras, tanto para nosso sustento, quanto sal para as vacas era umas 20h
Meu pai ficou apavorado, logo gritou molecada, fique quietos, o barco pode virar e viraremos comida de peixe, na verdade ele tinha razão, ao meio a escuridão ninguém nunca saberia o fim que teria levado nossa família, lá estava eu, meus pais e 3 irmãos.
Foi uma aventura e tanto, ele tentando fazer com que o barco saísse daquele local, antes que fosse tarde demais, e hoje não poderiam está aqui para desfrutarmos as belezas que a natureza e aquele belo Rio nos proporcionavam viajar no tempo.


Morávamos numa casa bem bonita era de madeira, lá tinha tudo que precisávamos para sermos felizes, tínhamos animais de estimação até uns porquinhos para dar ração.
Sinto falta da minha vida na fazenda. O mais engraçado é que ver TV naquela época era coisa chique, o motor que nos trazia luz era ligado por 2h, portanto, somente se via o Jornal Nacional e a novela das 20h, como lá são 2h a menos que em Brasília, tudo passava mais cedo, desenho animado nem sonhar, eu assistia historinha infantil pelo rádio de minha era legal, eu tinha que imaginar como os bichinhos faziam, a tia Heleninha era minha programação predileta, até hoje sou fã de rádio, prefiro mais eu a TV, pois a TV, nos deixa preguiçosos. Já o rádio nós temos que por nosso cérebro para funcionar, imaginar a imagem que o locutor descreve. Valeu tudo que vivi naquele lugar lindo e aconchegante. Lá tem o Rio Machado que conhecido no Brasil todo, o Rio Palha onde pesquei muito com meus irmãos, tinha um pomar maravilhoso, plantações de Seringas as quais ajudamos a plantar, as lavouras de melancias, milho, mandioca, eram tudo perfeito, castanha do Pará tínhamos sem nenhum custo, cupuaçu, são tantas frutas que melhor nem lembrar senão, ficarei na vontade e com um imensa saudade...
Hoje se passado 18 anos me restou boas lembranças, até voltei lá, mas tudo estava mudado, a casa onde cresci estava feito uma tapera, a casa grande correndo risco de desabar, o descuido tomou conta daquela beleza, que um dia pude desfrutar.
Sem perceber foi caindo lagrimas de meus olhos, o peão que por ali passava gritou por meu pai, pois pensou que eu estava com medo de algo, mas eram apenas as lembranças de uma pequena que estava a flora, como aquela mangueira que havia naquele lugar, pensei comigo, como em pouco tempo tudo que havíamos construído em longos 12 anos tinha se destruído em 4 anos.
Ficar quieta, relembrar meus bons tempos de infância é gratificante, pois nesta época muito, muito feliz e nem fazia idéia.
Só em pensar que meus pais pegaram seus dois filhos, pois num caminhão a mudança e fomos rumos a Rondônia, no meio do nada construiu fortuna, se passou 17 anos, deixei-os por lá e sai rumo a um futuro desconhecido, até então tudo era desconhecido para mim.
Deixei de ser a menina feliz da fazenda, para me tornar a Jornalista realizada.
Que trás na bagagem boas lembranças e uma imensa saudades do que viveu num local
onde para muitos é desconhecido...

Um comentário:

ContaPraMarcela disse...

Oi Si!
Saudade de vc!

Sim, eu sou da família Ceolin mesmo! Vc não lembra, não?
Marcela CEOLIN Nobre Cruz uhauahhua

Pq vc esta procurando a família Ceolin? Posso te ajudar?

Beijão!